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Um momento

 Já não sei mais o que quero e quase que nem sei quem eu sou.
O distante é tenro, mas não eterno...
E já não consigo mais me encontrar em cada passo que eu dou.
Olho-me no espelho, mas não consigo me enxergar.
Estou tão diferente que chego até a duvidar, de toda e qualquer coisa.
Sinto falta do distante, do que era tão bom quando sonho, mas quando quase em prática é ilusão.
Não só meus planos, sonhos e desejos, mas até quase minha vida.
Nem a nostalgia me convence mais de que se o futuro não pode ser perfeito, talvez o passado tenha sido bom.
Dúvidas existenciais de alguém que quase não existe por fazer as mesmas coisas sem poder ter nas mãos o poder de transformar tudo em coisa boa como um dia fez...
E sou criticado por minha subjetividade, criatividade, sinceridade, intuição.
Um ser semi-empírico, com uma diferenciada visão.
E essa lógica matemática me incomoda tanto, quase quanto a raiz quadrada da injustiça universal.
Desse receio de errar ou ser incorreto, incoeso, se errar é a melhor forma de entender o verdadeiro acerto.
Não há como entender muito sobre nada, então melhor não tentar e só apreciar o descontentamento paradoxal e redundante da vida.

                                                                                                                               Fábio Fleck                                             

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